Curso de Ultrassonografia Neuromuscular
Sobre o Conteúdo
O curso tem o objetivo de mostrar como interpretar as alterações encontradas no estudo ultrassonográfico de nervos periféricos e músculos, do ponto de vista do apoio diagnóstico para as doenças compressivas e traumáticas dos nervos periféricos, e para doenças neuromusculares.
Diferenciais do curso: Discussões de casos clínicos durante a demonstração de exames em pacientes, com discussão da doença, fisiopatologia da alteração esperada e dicas de como o exame completo deve ser feito (o que mais procurar quando é encontrado um tipo específico de alteração).
Palestrantes:
Ana Lucila Moreira: Neurologista, Neurofisiologista Clínica e Neurossonologista com título pela World Federation of Neurology e Academia Brasileira de Neurologia. Secretária Geral da International Society of Peripheral Neurophysiology Imaging.
Renato A. Sernik: Médico radiologista graduado e pós-graduado (doutorado) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Autor dos Livros Ultrassonografia do Sistema Musculoesquelético (Ed.Sarvier 1999) e Ultrassonografia do Sistema Musculoesquelético – Correlação com Ressonância Magnética (Ed. Revinter – 2009).
Diferenciais do curso:
- 1: Discussão de casos clínicos durante a demonstração de exames em pacientes
- 2: discussão da doença
- 3: fisiopatologia da alteração esperada
- 4: dicas de como o exame completo deve ser feito (o que mais procurar quando é encontrado um tipo específico de alteração).
- 5: Certificado
Programação do curso:
AULAS:
Aula 1
Física básica da ultrassonografia aplicada aos nervos periféricos Renato A. Sernik
Aula 2
Guia para insonação dos principais nervos dos membros superiores: nervo mediano
Ana Lucila Moreira
Aula 3
Guia para insonação dos principais nervos dos membros superiores: nervo ulnar
Ana Lucila Moreira
Aula 4
Guia para insonação dos principais nervos dos membros superiores: nervo radial
Ana Lucila Moreira
Aula 5
Avaliação do nervo mediano na Síndrome do Túnel do Carpo Ana Lucila Moreira
Aula 6
Guia para insonação dos principais nervos dos membros inferiores
Renato A. Sernik
Aula 7
Guia para insonação dos principais nervos dos membros superiores – Plexo braquial
Ana Lucila Moreira
Aula 8
Avaliação de músculos com ultrassom – como reconhecer padrão neurogênico e padrão miopático, e como avaliar fasciculações com ultrassom
Ana Lucila Moreira
Aula 9
Avaliação de diafragma e músculos acessórios da respiração com ultrassom
Ana Lucila Moreira
CASOS CLÍNICOS COM PRÁTICA FILMADA EM CONSULTÓRIO:
Caso 1
Paciente do sexo feminino, diabética, 55a
Diagnóstico inicial: eletroneuromiografia normal (sem neuropatia dos medianos) com sintomas de dor principalmente na mão D, e parestesias ocasionais. Demonstração de tendinite de flexor radial do carpo, e de tendinopatia do flexor ulnar do carpo.
Caso 2
Paciente do sexo feminino, diabética, 35a
Diagnóstico inicial: polineuropatia periférica + neuropatia dos medianos nos pulsos. Demonstração de exame na Síndrome do túnel do carpo, e do exame dos nervos ulnares.
Caso 3
Paciente do sexo feminino, 35a
Diagnóstico inicial: lesão traumática do nervo ulnar D no antebraço distal/pulso, antiga. Demonstração do exame do nervo ulnar com avaliação de neuroma e de alteração do tendão do flexor ulnar do carpo.
Caso 4
Paciente do sexo masculino, 46a
Diagnóstico inicial: lesão do nervo fibular E e do nervo tibial E na fossa poplítea, c/lesão arterial durante cirurgia de ressecção de lipossarcoma, evolução com síndrome compartimental em perna E mesmo com reparo da lesão arterial. Demonstração do exame do nervo ciático, de seus ramos e dos músculos inervados por eles, da artéria poplítea e do tendão do calcâneo.
Caso 5
Paciente do sexo feminino, 33a
Diagnóstico inicial: Síndrome do túnel do carpo (STC) acentuado bilateral, sem potenciais e sem recrutamento no abdutor curto do polegar à direita. Demonstração de exame na Síndrome do túnel do carpo.
Caso 6
Paciente do sexo feminino, 33a
Diagnóstico inicial: comprometimento do nervo ulnar E no canal de Guyon, sensitivo puro. Demonstração do exame do nervo ulnar no pulso.
Caso 7
Paciente do sexo feminino, 58a
Diagnóstico inicial: desnervação do flexor radial do carpo. Sintomas de STC e dor inespecífica no antebraço. Demonstração de avaliação de hamartoma de mediano.
Caso 8
Paciente do sexo feminino, 46a
Diagnóstico inicial: eletroneuromiografia normal. Sente choques na palma à D e dor no pulso. Rizartrose? Nervo mediano D aumentado em estudo US realizado em outro serviço com transdutor de baixa frequência. Demonstração de avaliação de cisto artrosinovial em pulso D e de neuroma do ramo cutâneo palmar do nervo mediano.
Caso 9
Paciente do sexo feminino, 45a
Diagnóstico inicial: comprometimento do cordão medial do plexo braquial, com potenciais alterados na condução sensitiva do nervo ulnar E e do nervo cutâneo medial do antebraço E, na condução motora do nervo mediano E com captação no abdutor curto do polegar e do nervo ulnar E. Demonstração do exame do nervo ulnar transposto no cotovelo, com alterações sugestivas de Hanseníase.
Caso 10
Paciente do sexo feminino, 43a
Diagnóstico inicial: Meralgia parestésica à D e neuroma de Morton à D. Demonstração da avaliação do nervo cutâneo lateral da coxa, e do exame de neuroma de Morton.
Caso 11
Paciente do sexo feminino, 35a
Diagnóstico inicial: lesão de nervos radial, axilar, musculocutâneo e mediano D (trauma). Demonstração do estudo do nervo radial no trauma com lesão por estiramento. Demonstração da avaliação de neuroma em continuidade do nervo musculocutâneo D, e de alterações persistentes do nervo mediano D.
Caso 12
Paciente do sexo feminino, 54a
Diagnóstico inicial: com Síndrome do Túnel do Carpo de grau moderado bilateralmente; exame de US avalia os nervos medianos e a presença também de tendinite e dedo em gatilho.
Caso 13
Paciente do sexo masculino, 48a
Diagnóstico inicial: lesão do nervo radial E por esmagamento (prendeu o braço em máquina no trabalho) em set/2019, com lesão por fricção em partes moles (com necrose), e com déficit no território do nervo radial E (interósseo posterior). Recuperação gradual do déficit. Exame com US mostra a avaliação do nervo radial desde o braço até os ramos distais, com ênfase nas alterações do interósseo posterior em função do trauma e no padrão neurogênico dos músculos no território afetado.
Caso 14
Paciente do sexo feminino, 51a
Diagnóstico inicial: eletroneuromiografia normal com dor na face radial do pulso D, exame com US mostra achados de tendinite do flexor radial do carpo.
Caso 15
Paciente do sexo masculino, 53a
Diagnóstico inicial: queixa de hipoestesia no dorso medial da mão E de início em Jan/20, com histórico de fixação de fratura de rádio e ulna à E há 6m; eletroneuromiografia com potenciais sensitivos do nervo ulnar normais no 4º e 5º dedos e condução motora normal, mas potencial do ramo cutâneo dorsal do nervo ulnar E não obtido.
Exame US mostra o ramo cutâneo dorsal do nervo ulnar na sua emergência e mostra neuroma proximal no nervo ulnar, em topografia de predomínio medial que sugere o mesmo posicionamento dos fascículos do cutâneo dorsal – avaliação do neuroma e os aspectos a serem descritos.
Caso 16
Paciente do sexo masculino, 48a
Diagnóstico inicial: paciente com radiculopatia L5 à direita com déficit motor de predomínio no território fibular abaixo da cabeça da fíbula – suspeita de lesão adicional do nervo fibular D na cabeça da fíbula. Exame US mostra a avaliação do nervo fibular desde a coxa até a perna, as alterações fasciculares que podem advir tanto do comprometimento radicular como da compressão do nervo na cabeça da fíbula, e o aumento da área proximal à cabeça da fíbula, confirmando a suspeita clínica.
Caso 17
Paciente do sexo masculino, 42a
Paciente com suspeita clínica de neuropatia imunomediada (Doença de Lewis-Sumner) – teve fraqueza nos MMII de início em 2012, evolução com déficit sensitivo na mão E e recentemente mão caída à D (nov/19), com recuperação parcial. Em tratamento com Imunoglobulina G (IgG) intravenosa. Exame de US mostra a avaliação do nervo radial D desde o braço até os ramos distais, com aumento de área seccional e aumento de vascularização intraneural. Avaliado ainda o nervo mediano E com mesmos achados no braço (avaliado até o cordão lateral do plexo braquial na axila), confirmando a suspeita clínica.
Caso 18
Paciente do sexo masculino, 43 a
Diagnóstico inicial: eletroneuromiografia sugere HNPP (polineuropatia hereditária com predisposição ao desenvolvimento de neuropatias compressivas) – com comprometimento do nervo mediano bilateralmente no pulso, do nervo ulnar bilateralmente no cotovelo com bloqueio de condução bilateral, do nervo radial D no braço e do plexo braquial D (em nível dos cordões, com comprometimento heterogêneo) na axila. Exame de US mostra a avaliação de todos os nervos com achados que confirmam a suspeita clínica.
Caso 19
Paciente do sexo feminino, 41a
Diagnóstico inicial: paciente com Síndrome do Túnel do Carpo submetida a cirurgia endoscópica por duas vezes na mão E, persiste com sintomas leves na mão esquerda e agora também tem sintomas na mão direita. Exame de ultrassom mostra fibrose no local da cirurgia e formação de um neo retináculo, e mostra as alterações do nervo mediano D.
Caso 20
Paciente do sexo feminino, 42a
Diagnóstico inicial: eletroneuromiografia mostra achados consistentes com Síndrome do Túnel do Carpo de grau moderado à D e de grau leve à E. Demonstração do exame dos nervos medianos no pulso para complemento do diagnóstico de Síndrome do Túnel do Carpo.
Caso 21
Paciente do sexo masculino, 19a
Diagnóstico inicial: paciente com luxação de nervo ulnar e de tríceps medial já diagnosticadas anteriormente, com dor nos últimos 2 meses desencadeada por exercícios, sem déficit sensitivo ou motor. Demonstração de luxação do n. ulnar no epicôndilo medial, bilateral, com luxação também do tendão do tríceps medial. Aumento de área do nervo bilateralmente, em locais distintos.
Caso 22
Paciente do sexo masculino, 35a
Diagnóstico inicial: neuropatia do mediano atípica, sem atraso de latência motora distal mas com exame de agulha alterado (padrão neurogênico no abdutor curto do polegar) e potencial sensitivo ausente, o que contraria a evolução natural do aparecimento de alterações da Síndrome do Túnel do Carpo. Paciente com hamartoma fibrolipomatoso de mediano.
Caso 23
Paciente do sexo feminino, 58a
Diagnóstico inicial: eletroneuromiografia com Síndrome do Túnel do Carpo de grau leve à D e de grau acentuado à E, já operada à direita. Demonstração do exame do nervo mediano no pulso para complemento do diagnóstico de Síndrome do Túnel do Carpo – mostra fibrose à direita sem neoformação de retináculo, e sem sinais de compressão, com alterações de ecogenicidade na musculatura tenar que sugerem comprometimento prévio com lesão axonal. Mostra ainda as alterações do lado E, não operado, também já evidenciando alterações axonais.
*Programação Sujeita a Alteração
Público Alvo
- Radiologistas